A escolha desta temática está relacionada às vivências educadora do Programa Projovem Urbano – Edição Especial no
município de Cuité, situado na região do Curimataú Paraibano.O Programa em
questão visa resgatar jovens com idade entre 18 e 29 anos que tenham se evadido
da escola e não tenham concluído o Ensino Fundamental II.
No que tange à localidade, o território do Curimataú abrange
10 municípios do estado da Paraíba. É uma região com clima semiárido, vegetação
predominantemente de caatinga, com uma população de cerca de 97 mil habitantes
e economia ainda voltada para o setor agropecuário. O município de Cuité dista 235
km da capital do estado, João Pessoa, e 88 km de Campina Grande. A população
estimada é de 20.343 habitantes. Encontra-se no Planalto da Borborema. A região
em si ainda sofre com a grande evasão escolar de jovens: para cada duas
crianças que concluem o 5º ano, apenas uma se matricula no Ensino Fundamental
II. E para cada 6 jovens que concluem o Ensino Fundamental II, apenas um se
matricula no Ensino Médio.
Quanto à educação, a taxa de escolarização, na faixa etária
dos 6 aos 14 anos, do município analisado é de 98,3%. O IDEB dos anos iniciais
do Ensino Fundamental é de 5.4. Já o dos anos finais é de 3.9. Cuité possui 21
instituições de ensino da Educação Básica. Possui uma escola de referência
integral do Ensino Médio, A ECI Orlando Venâncio dos Santos e uma escola de
ensino médio e técnico estadual, a ECIT Jornalista
José Itamar da Rocha Cândido. No município encontra-se instalado um campus da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o Centro de Educação e Saúde
(CES).
Descrição da oficina
O objeto de estudo desta pesquisa foi proporcionado por uma
oficina, intitulada “Consciência Negra: origem, significado e importância”,
ministrada pela autora no dia 20/11/2018 no município de Cuité, Paraíba, com
uma turma do Programa Projovem Urbano, turno noturno.
No que diz respeito à oficina, os docentes
e a coordenação do Programa Projovem, polo Cuité, julgaram importante trazer
alguma problematização ao tema do Dia da Consciência Negra, data comemorada em
20 de novembro em todo o Brasil, feriado em alguns estados e municípios. Para
tal, foram realizadas diversas atividades. Uma dessas foi a oficina objeto de
estudo neste artigo. A atividade foi composta pela exibição de dois vídeos, “20
de novembro é o Dia da Consciência Negra”, um informativo do “Sistema O
Dia", de Teresina. O vídeo tem a duração de 3 minutos e 47 segundos.
Também foi utilizado o vídeo “Especial Quilombos na Paraíba”, um especial de 12
minutos da TV Assembleia cujo objetivo é dar a conhecer algumas das principais
comunidades quilombolas reconhecidas judicialmente da Paraíba.
Além destes recursos, foram utilizadas
algumas imagens que retratam Zumbi dos Palmares, personagem histórico escolhido
como ícone da resistência negra à escravização e cuja data da morte foi
escolhida para a comemoração do Dia da Consciência Negra. Também foram exibidas
representações gráficas do Quilombo dos Palmares, maior quilombo do Período
Colonial, liderado em seu auge por Zumbi e que entrou em decadência após a
morte deste, ocorrida após a expedição de Domingos Velho a Palmares.
A docente apresentou a temática e exibiu o
primeiro vídeo, “20 de Novembro é o Dia da Consciência Negra”. Após a exibição,
foi aberta a primeira roda de conversa com a pergunta: “o que é, para você, o
Dia da Consciência Negra?”. Inicialmente, os discentes demonstraram insegurança
ao tratar a temática, mas logo apresentaram seus argumentos e opiniões,
desenvolvendo as respostas muito além da pergunta. Para alguns, o Dia da
Consciência Negra era desconhecido ou pouco compreendido. Sabiam da existência,
mas não conheciam a data. Para outros, a data era vista como “o dia para
lembrar dos escravos”. Outros, ainda, conceituaram a data como “luta contra o
preconceito”. A docente não corrigiu nenhuma das interpretações, pois entende
que o objetivo de tais encontros é proporcionar a troca de visões e
experiências, construindo um saber mais rico e complexo.
Para encerrar esse primeiro momento de debate,
a professora explicou a origem do Dia da Consciência Negra, estabelecido em
1978 pelo Movimento Negro. Elucidou, ainda, a escolha da data de morte de Zumbi
dos Palmares: ele é visto por grande parte deste movimento social como ícone da
resistência negra à escravização, em oposição a outros personagens históricos
ligados ao Abolicionismo, como Joaquim Nabuco, ou à legislação antiescravista,
como a Princesa Isabel: brancos oriundos da elite e que não se identificavam
com os afrodescendentes.
Em seguida, a docente exibiu o segundo
vídeo, “Especial Quilombos na Paraíba”. Após a exibição deste, foi aberta uma
segunda roda de conversa, com a pergunta: “Qual a importância do Dia da
Consciência Negra?”. Um discente retomou a temática do vídeo, ressaltando que
seu cunhado é quilombola e compartilhando algumas vivências que teve na
comunidade do familiar. Uma aluna refutou a importância da data, alegando que
deveria haver um “Dia da Consciência Humana”. Neste ponto, a docente interveio
para pedir à aluna para desenvolver seu raciocínio. A discente explicou que
acha o Movimento Negro muito fechado em si mesmo e que considera esse um fator
que prejudica a luta efetiva contra o racismo. Outra aluna refutou, alegando
que há, de fato, esta questão, mas que isso não anula a importância da data em
questão, pois é sim uma oportunidade de debater e lutar contra o racismo e
conhecer melhor a história dos afrodescendentes no Brasil.
Diante de toda a discussão, apenas dois
alunos e a docente se consideraram descendentes de negros. Inclusive, ao
relatar que a mãe é negra, uma aluna foi interrompida por outra, que negou essa
afirmação, argumentando que a mãe da colega seria “morena". Nenhum
participante se considerou negro ou negra. A maioria dos participantes tratou a
temática como externa, isto é, como alheia a si mesmo. Apenas um aluno afirmou
que não. Para este, todo o debate diz respeito a todos os brasileiros, pois,
segundo este discente, todos os brasileiros descendem de negros e negras. Após
o segundo momento de debate, a docente encerrou a oficina, agradecendo a todos.
Como foi citado anteriormente, houve, por parte dos
discentes, muito desconforto ao tratar da temática proposta, assim como muito
desconhecimento com relação ao Movimento Negro, à importância do Dia da
Consciência Negra e até sobre o seu significado. Para dirimir estas questões, o
estudo do continente africano, de sua cultura e história, em conjunto com o
estudo das africanidades presentes em nossa própria cultura, pode fomentar uma
melhor compreensão de nossa própria identidade, agindo como fator de
empoderamento, extinguindo preconceitos e ajudando a construir cidadãos mais
cientes de seus direitos e de suas origens.
De acordo com a pesquisadora Rubia Caroline Janz (2014, p.
2), a obrigatoriedade do ensino de História da África e da cultura
afro-brasileira, instaurada pela lei nº 10.639/2003, cria a possibilidade de
desconstruir a falta de conhecimento e os preconceitos, inclusive o racismo,
que uma boa parte dos educandos ainda possuem em sua visão de mundo.
Desta forma, o presente artigo tem como objetivos analisar
as causas desta dissociação dos atores do âmbito escolar quanto à uma cultura e
identidade negras, assim como investigar meios de modificar o desconhecimento e
negação da contribuição negra e afrodescendente na construção de identidades
dos educandos e docentes.
Fundamentos teóricos
para a análise do objeto de estudo proposto
A análise aqui apresentada foi efetuada mediante a
apreciação das falas dos alunos e alunas durante rodas de diálogo ocorridas na
referida oficina.
Como esteio a esta pesquisa, foram utilizados três conceitos
fundamentais, a saber: multiculturalismo e multicultural, termos
interdependentes e complementares entre si. Também foi de extrema importância o
estudo do conceito de diversidade, assim como do conceito de consciência
histórica. A seguir, serão apresentados os principais teóricos estudados para a
compreensão destas concepções.
Para o estudo dos conceitos “multicultural” e “multiculturalismo”,
utilizou-se a obra do sociólogo jamaicano Stuart Hall, ‘Da Diáspora:
Identidades e Mediações Culturais’ (2003). Para o autor,
“Multicultural é um termo qualificativo. Descreve as características sociais e os problemas de governabilidade apresentados por qualquer sociedade na qual diferentes comunidades culturais convivem e tentam construir uma vida em comum, ao mesmo tempo que retêm algo de sua identidade “original”. Em contrapartida, o termo “multiculturalismo” é substantivo. Refere-se às estratégias e às políticas adotadas para governar ou administrar problemas de diversidade e multiplicidade gerados pelas sociedades multiculturais. (...) Ambos os termos são hoje interdependentes, de tal forma que é praticamente impossível separá-los[Hall, 2003, p.52]”.
Portanto, ao analisar a conceituação feita por Hall, podemos
compreender que a sociedade brasileira é uma sociedade multicultural, na medida
em que somos formados por comunidades diversas étnica e culturalmente. Neste
sentido, o Brasil é um dos países mais multiculturais do mundo, visto que foi
formado por ondas migratórias praticamente incessantes, compostas por povos
oriundos de todos os continentes. Já nos primórdios, recebemos populações
oriundas da Europa e da África. Deste último continente, o Brasil recebeu
pessoas originárias de inúmeras etnias e localidades. De acordo com os estudos
mais recentes da diáspora africana, os povos africanos e sua descendência no
Brasil pertencem a dezenas de linhagens diferentes.
Ainda com relação à conceituação de Hall, ao pôr em prática
o termo multiculturalismo, compreende-se que tais políticas e estratégias
devem, obrigatoriamente, estar presentes na educação, especialmente no nível
básico. Deve-se reconhecer a pluralidade étnico-cultural de nossa sociedade,
assim como terem mente que o ambiente escolar, como parte da sociedade, é um
ambiente que reproduz as estruturas dominantes, na medida em que é criado e
proporcionado por esta elite.
Com relação a esta pluralidade da sociedade brasileira, o
conceito estudado que proporciona uma melhor compreensão desta realidade é o
conceito de “diversidade”. De acordo com Renato Ferreira dos Santos e Ana José
Marques, “a diversidade pode ser um construto histórico, cultural e social das
diferenças. As diferenças são construídas para além das características
biológicas”. A diversidade é, portanto, construída com base nas inúmeras
diferenças existentes entre os seres humanos, diferenças estas que abarcam
inúmeras vertentes da vida. De acordo com Elvira de Souza Lima,
“A diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em suas formas de perceber o mundo. (...) Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa universalidade. [LIMA, 2006, p.17]”.
Pode-se antever que, para que haja uma educação inclusiva,
isto é, que não só receba ou que não tente integrar os indivíduos,
sujeitando-os a regras discordantes de sua cultura, mas que tenha como premissa
acolher a todos e trabalhar suas habilidades e capacidade com respeito às
diferenças, é essencial que o conceito de diversidade seja não só aplicado, mas
vivido no ambiente escolar. O respeito, a compreensão e a proteção ao diverso
enseja a inclusão.
Por fim, para viabilizar esta análise foi necessário o
conceito de “consciência histórica”, do historiador e filósofo alemão Jorn Rüsen
(2001, p. 30). O autor afirma que o desenvolvimento de uma consciência
histórica é essencial para orientar as situações do cotidiano, pois só se
compreenderia a realidade atual com base no conhecimento das experiências
passadas. Ou seja, para compreendermos a realidade em que vivemos, necessitamos
conhecer e apreender as estruturas e os fatos que levaram à construção da
mesma. Com o estudo da História, pode-se entender a sociedade atual. Com a
consciência desta função da História, pode-se compreender melhor a ligação
entre o que estudamos e o que vivemos.
Resultados e discussão
Ao analisar a atividade em tela, podemos antever o quão importante
é o debate sobre a História da África e a cultura afro-brasileira. O dado mais
preocupante não são os conceitos equivocados, mas sim o desconhecimento de
alguns e a sua não identificação com a cultura afro-brasileira. A dissociação
desta identidade étnico-cultural da maior parte dos participantes, o fato de
mencionarem o negro como “o outro", alguém diferente de si mesmo, foi o
fator de maior preocupação para a docente ministrante. De acordo com Charles Taylor,
“(...) um indivíduo ou um grupo de pessoas podem sofrer um verdadeiro dano, uma autêntica deformação se a gente ou a sociedade que os rodeiam lhes mostram como reflexo uma imagem limitada, degradante, depreciada sobre ele. (...) a projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada [TAYLOR,1994, p. 58].
Em complemento a esta citação, uma pesquisa realizada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) em 2009 sobre o nível de
preconceito no âmbito escolar: 94,2% dos entrevistados demonstraram alguma
atitude preconceituosa étnico-racial. Nessa mesma pesquisa, o maior índice de
preconceito sofrido por professores foi relacionado à sua etnia: 19% dos
entrevistados alegaram sofrer preconceito por serem negros.
Ao nos depararmos com essa negação da cultura afro-brasileira
como também pertencente a si mesmos, analisando os dados das pesquisas acima
elencados e a colocação de Taylor, podemos traçar um paralelo entre estes
elementos. Se o preconceito étnico-racial nas escolas é tão alto, e levando em
consideração que a escola é um microcosmo da sociedade como um todo, pode-se
deduzir o efeito negativo desta discriminação em crianças e adolescentes. Desde
cedo, estes indivíduos são expostos a práticas de exclusão e de diminuição de
sua autoestima. Como afirma Taylor, a inferiorizacão sistemática de um
indivíduo pelo grupo ou sociedade de que faz parte, a visão degradante que é
ensinada do negro no ambiente escolar, a não problematização das questões
étnico-culturais, a associação do afrodescendente com um indivíduo sempre
escravizado, tratado como inferior, todos esses elementos fazem com que o
discente não queira associar a sua identidade à cultura afro-brasileira.
Um segundo elemento a ser considerado é o colorismo. De
acordo com Ana Carolina Nunes de Alcântara Nicolau (2017, p.24), o termo
“colorismo” foi referido pela primeira vez pela escritora e ativista
estadunidense Alice Walker. O colorismo, também denominado pigmentocracia, é, segundo
Ana Carolina Nicolau, a discriminação de uma pessoa em função da quantidade de
melanina que a sua pele possui: quanto mais melanina, mais escura e maiores
serão as atitudes discriminatórias e de exclusão que essa pessoa irá enfrentar.
A diferença do colorismo para o racismo é que o primeiro leva em consideração
apenas a cor da pele ou os fenótipos da pessoa, enquanto o segundo não
determina uma gradação: todos os indivíduos identificados como afrodescendentes
são discriminados de igual forma por um racista.
No Brasil, de acordo com Ana Carolina Nicolau, os fenótipos
são igualmente importantes: quanto mais características físicas das etnias
negras a pessoa tiver, mais discriminada será. Diante destes aspectos, o
questionamento a ser feito é como podemos transpor essa dissociação? Como os
educadores podem contribuir para que conceitos como “sociedade multicultural”
ou “diversidade” possam deixar de ser teoria e realmente serem vividos e postos
em prática nas instituições de ensino do país?
Retomando o que vimos com Rubia Caroline Janz, a educação
inclusiva e o respeito à diversidade, no âmbito das relações étnico-culturais e
étnico-raciais só será possível com a efetiva aplicação da Lei 10639/2003. Indo
além, a educação inclusiva nesta esfera só será efetiva com a aplicação da Lei
11645/2008, que alterou a lei anteriormente referida, adicionando a
obrigatoriedade do estudo da cultura indígena à mesma.
É sabido que a ignorância, a falta de conhecimento sobre
algo fomenta o preconceito e a discriminação. Dando continuidade à análise de
Rüsen, a falta de consciência histórica de alguns discentes que realizaram a
oficina proporcionou essa não identificação deles mesmos com as africanidades,
com a cultura e até mesmo com as características étnico-raciais africanas e
afrodescendentes. Portanto, com uma maior percepção da História da África e da
cultura afro-brasileira, poderíamos obter uma identificação maior com estes
elementos.
Conclusão
A análise de toda a experiência aqui apresentada leva à
constatação de que este foi apenas o primeiro passo. É necessário retomar esta
oficina, aperfeiçoá-la, torna-la maior e mais abrangente para que possa ser
executada em outras ocasiões além do dia 20 de novembro. Abriu-se, para a docente,
um novo veio de pesquisa, uma nova forma de colocar em prática a lei de
obrigatoriedade do ensino de História da África e da cultura afro-brasileira.
Essa temática deve ser constante e incessantemente debatida.
Não como forma de apontar como errados os conhecimentos apresentados pelos
futuros discentes que vierem a participar das rodas de conversa. Pelo
contrário. O objetivo é dirimir o desconhecimento e não julgar o conhecimento
prévio dos educandos. Ao trabalharmos com qualquer temática, devemos considerar
o que os discentes trazem consigo e, a partir disto, construir novos caminhos
para o aprendizado do que não se sabe e o aprofundamento do que se sabe.
Com a experiência deste trabalho, com a análise feita desta
prática docente aqui apresentada a acadêmica pôde compreender que apenas com a
educação inclusiva e com respeito à diversidade poderemos reverter essa
ignorância a respeito das contribuições africanas à formação de nossa cultura e
sociedade. O caminho está traçado, resta segui-lo.
Referências
Tássia Fernandes Carvalho Paris de Lima é professora do
Programa Projovem Urbano – Edição Especial da Paraíba e especialista em
História da África pela Fundação de Educação Superior de Olinda.
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Bom dia, Tássia!!
ResponderExcluirTenho algumas questões:
Quem são esses jovens que participaram da oficina? Gostaria de saber um pouco mais sobre o programa projovem, fiquei curioso. Ao longo do texto você usa termos como "a docente", "a professora", a oficina foi ministrada por você ou por uma equipe? Qual foi o resultado?
Parabéns pelo trabalho!! Fiquei muito curioso.
HEMERSON DOS SANTOS JUNIOR
Boa noite, Tássia.
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de parabeniza-la por essa ação em prol aos nossos jovens negros. Essa oficina a qual você ministrou é muito relevante para todos nós que estamos dentro do movimento e, certamente, nos inspira a continuar ministrando aulas sob essa temática e com essa visão decolonial.
Vamos à pergunta:
Tássia, em primeiro momento você utilizou o conceito de multiculturalismo que ora foi elucidado pelo sociólogo jamaicano Stuart Hall para dizer-nos que a sociedade brasileira é uma sociedade, em si, multicultural, na medida que somos formados por comunidades diversas étnica e culturalmente. Entretanto, sinto que aqui na periferia de São Paulo os nossos jovens negros estão perdidos entre si; não se reconhecem nem como negros e nem como partes de uma sociedade multicultural – talvez eles não saibam quem são, essencialmente.
Você nos aponta que a consciência histórica é o caminho a seguir para evitar tais problemas que estão ferreamente entre nossos jovens.
Diante disso, quais são as alternativas a seguir para a luta da construção de uma sociedade cidadã diante tais problemas racistas e excludentes?
Grato,
Daniel Gonçalves Lima